Relação entre proteínas, peptídeos e aminoácidos
Proteínas: Macromoléculas funcionais formadas por uma ou mais cadeias polipeptídicas que se dobram em estruturas tridimensionais específicas através de hélices, folhas, etc.
Cadeias polipeptídicas: moléculas em forma de cadeia compostas por dois ou mais aminoácidos ligados por ligações peptídicas.
Aminoácidos: Os blocos de construção básicos das proteínas; existem mais de 20 tipos na natureza.
Em resumo, as proteínas são compostas por cadeias polipeptídicas, que por sua vez são compostas por aminoácidos.
Processo de digestão e absorção de proteínas em animais
Pré-tratamento oral: Os alimentos são quebrados fisicamente pela mastigação na boca, aumentando a área de superfície para a digestão enzimática. Como a boca não possui enzimas digestivas, essa etapa é considerada digestão mecânica.
Análise preliminar no estômago:
Após as proteínas fragmentadas entrarem no estômago, o ácido gástrico as desnatura, expondo as ligações peptídicas. A pepsina então quebra enzimaticamente as proteínas em polipeptídeos de maior massa molecular, que posteriormente entram no intestino delgado.
Digestão no Intestino Delgado: A tripsina e a quimotripsina, presentes no intestino delgado, decompõem ainda mais os polipeptídeos em pequenos peptídeos (dipeptídeos ou tripeptídeos) e aminoácidos. Estes são então absorvidos pelas células intestinais através dos sistemas de transporte de aminoácidos ou do sistema de transporte de pequenos peptídeos.
Na nutrição animal, tanto os oligoelementos quelados por proteínas quanto os quelados por pequenos peptídeos melhoram a biodisponibilidade desses elementos por meio da quelação, mas diferem significativamente em seus mecanismos de absorção, estabilidade e cenários de aplicação. A seguir, apresenta-se uma análise comparativa sob quatro aspectos: mecanismo de absorção, características estruturais, efeitos da aplicação e cenários adequados.
1. Mecanismo de Absorção:
| Indicador de comparação | Oligoelementos quelados por proteínas | Oligoelementos quelados por pequenos peptídeos |
|---|---|---|
| Definição | Os quelatos utilizam proteínas macromoleculares (por exemplo, proteína vegetal hidrolisada, proteína do soro do leite) como transportadores. Os íons metálicos (por exemplo, Fe²⁺, Zn²⁺) formam ligações coordenadas com os grupos carboxila (-COOH) e amino (-NH₂) dos resíduos de aminoácidos. | Utiliza pequenos peptídeos (compostos por 2 a 3 aminoácidos) como transportadores. Os íons metálicos formam quelatos de anel de cinco ou seis membros mais estáveis com grupos amino, grupos carboxila e grupos de cadeia lateral. |
| Via de Absorção | A decomposição dessas moléculas por proteases (como a tripsina) no intestino resulta em pequenos peptídeos ou aminoácidos, liberando os íons metálicos quelados. Esses íons entram na corrente sanguínea por difusão passiva ou transporte ativo através de canais iônicos (como os transportadores DMT1 e ZIP/ZnT) presentes nas células epiteliais intestinais. | Podem ser absorvidos como quelatos intactos diretamente através do transportador de peptídeos (PepT1) nas células epiteliais intestinais. Dentro da célula, os íons metálicos são liberados por enzimas intracelulares. |
| Limitações | Se a atividade das enzimas digestivas for insuficiente (por exemplo, em animais jovens ou sob estresse), a eficiência da degradação proteica será baixa. Isso pode levar à ruptura prematura da estrutura quelatada, permitindo que íons metálicos se liguem a fatores antinutricionais como o fitato, reduzindo sua utilização. | Ultrapassa a inibição competitiva intestinal (por exemplo, do ácido fítico) e a absorção não depende da atividade das enzimas digestivas. Particularmente indicado para animais jovens com sistema digestivo imaturo ou animais doentes/debilitados. |
2. Características estruturais e estabilidade:
| Característica | Oligoelementos quelados por proteínas | Oligoelementos quelados por pequenos peptídeos |
|---|---|---|
| Peso molecular | Grande (5.000~20.000 Da) | Pequeno (200~500 Da) |
| Força da ligação quelato | Múltiplas ligações coordenadas, mas uma conformação molecular complexa, resultam em uma estabilidade geralmente moderada. | A conformação simples de peptídeos curtos permite a formação de estruturas em anel mais estáveis. |
| Capacidade anti-interferência | Suscetível à influência do ácido gástrico e às flutuações do pH intestinal. | Maior resistência a ácidos e álcalis; maior estabilidade no ambiente intestinal. |
3. Efeitos da aplicação:
| Indicador | Quelatos de proteína | Quelatos de pequenos peptídeos |
|---|---|---|
| Biodisponibilidade | Dependente da atividade das enzimas digestivas. Eficaz em animais adultos saudáveis, mas a eficácia diminui significativamente em animais jovens ou estressados. | Devido à via de absorção direta e à estrutura estável, a biodisponibilidade de oligoelementos é de 10% a 30% maior do que a de quelatos de proteínas. |
| Extensibilidade funcional | Funcionalidade relativamente fraca, servindo principalmente como transportador de oligoelementos. | Os pequenos peptídeos, por si só, possuem funções como regulação imunológica e atividade antioxidante, oferecendo efeitos sinérgicos mais fortes com oligoelementos (por exemplo, o peptídeo selenometionina fornece suplementação de selênio e funções antioxidantes). |
4. Cenários Adequados e Considerações Econômicas:
| Indicador | Oligoelementos quelados por proteínas | Oligoelementos quelados por pequenos peptídeos |
|---|---|---|
| Animais adequados | Animais adultos saudáveis (ex.: porcos em fase de terminação, galinhas poedeiras) | Animais jovens, animais sob estresse, espécies aquáticas de alto rendimento |
| Custo | Menor (matérias-primas facilmente disponíveis, processo simples) | Maior (alto custo de síntese e purificação de pequenos peptídeos) |
| Impacto ambiental | As porções não absorvidas podem ser excretadas nas fezes, potencialmente poluindo o meio ambiente. | Alta taxa de utilização, menor risco de poluição ambiental. |
Resumo:
(1) Para animais com elevadas necessidades de oligoelementos e fraca capacidade digestiva (por exemplo, leitões, pintos, larvas de camarão), ou animais que necessitam de correção rápida de deficiências, recomenda-se que os quelatos de pequenos peptídeos sejam a escolha prioritária.
(2) Para grupos sensíveis ao custo com função digestiva normal (por exemplo, gado e aves na fase final de terminação), podem ser selecionados oligoelementos quelados de proteínas.
Data da publicação: 14/11/2025